sábado, 15 de dezembro de 2018

Corrida de S.Silvestre da Batalha.


Hoje foi dia de correr a S. Silvestre da Vila da Batalha.
A pequena vila faz ver assim à grande cidade vizinha de Leiria como se organiza uma prova de atletismo, com quase 600 atletas finalistas!
A Vila da Batalha ganha uma atmosfera muito singular com este evento, conjugando o ambiente do final do dia com as iluminações de Natal e a vista do majestoso Mosteiro, junto ao qual está montado o epicentro da prova.
Mosteiro da Batalha

A prova teve início às 5 da tarde, com alguma luz do dia ainda, terminando já de noite, mesmo até para os primeiros a chegar à meta(igualdade e democracia 😀 )!
A distância de 10 km da prova principal não é definitivamente a minha praia, demasiado rápida para o meu gosto, se bem que podia ir mais devagar, não era uma tragédia, mas quando soa o “tiro” de partida acabo sempre por ir no limite das forças!
 Antes, enquanto  fazia o meu aquecimento e também ao longo da prova ia matutando que a grande maioria dos atletas que por lá andavam já tinham idade para ter juízo, ou por outras palavras, eram quase todos respeitáveis senhoras e senhores quarentões ou até de meia idade (cinquentões ou sexagenários)! 
Obviamente, com cinquenta e um anos de idade ainda se tem um espírito jovem, contudo, o “invólucro” começa a ficar com um aspecto um pouco gasto!
A questão que se coloca é: porque é que o atletismo popular não cativa as camadas mais jovens?
Uma teoria acabada de inventar é que a corrida é por natureza um desporto solitário, sendo que desportos de equipa são mais apelativos devido à interação que promovem entre os jogadores, e, quando se é mais jovem, é mais importante estar integrado no grupo...
Final da corrida

Bom, no final de tudo valeu 44m02s para fazer os 10 km do percurso, com os últimos quilómetros em quebra, a ser ultrapassado indiscriminadamente por velhos e novos, algo a que não estou muito habituado. Geralmente costumo terminar as provas mais a ultrapassar do que a ser ultrapassado, caso recente das meias maratonas de Leiria, Lisboa e Nazaré, bem como na Maratona do Porto.
Finalmente, gostaria de recomendar vivamente para 2019 a corrida de S. Silvestre da Vila da Batalha, uma prova de excelente nível bem no centro do país!
Boas corridas e bom Natal!


domingo, 18 de novembro de 2018

Meia Maratona da Nazaré 2018


Tal como manda a tradição, rumou-se à Nazaré no segundo fim de semana de novembro a fim de correr a Meia Maratona popular mais antiga do país.

João Pedro - 10Km, Tempo Chip 00:39:38
O facto de ter as pernas moídas da Maratona do Porto no fim de semana anterior não foi razão para faltar a esta festa, que pessoalmente encaro sem qualquer objetivo de tempos ou outra qualquer conquista desportiva.
Paulo Amaro - Meia Maratona, Tempo Chip 01:30:06
Foi a minha 8ª participação na prova, o que confere um sentimento de familiaridade com todo o ambiente do evento, as ruas, o café onde tomamos a bica habitual, a vista da praia e do morro do Sítio,….
O conhecimento perfeito do percurso que nos espera deixa-nos algum conforto mesmo sabendo da dificuldade das subidas e da monotonia da ida à localidade de Famalicão onde se inverte o sentido da marcha e se dá o retorno rumo à meta na Nazaré.
Paulo Oliveira - Meia Maratona, Tempo Chip 01:35:24

Minutos antes do início da prova cai uma chuva diluviana tocada a vento que, obriga todos os atletas a procurar refúgio nas arcadas das portas ou mesmo simplesmente encostados às paredes, a fim de se protegerem da força do vento e da chuva.
Samuel Oliveira - Meia Maratona, Tempo Chip 01:37:34

Felizmente, quando se deu a partida já praticamente não chovia e assim se manteve durante toda a prova.
Este ano estivemos três irmãos na Nazaré, eu, o Samuel e o João Pedro, e o PelaEstradaFora Paulo Amaro.
L' Equipe
O João Pedro teve de alterar a inscrição da Meia Maratona para a Volta à Nazaré (10 K) por motivo de lesão, embora ainda assim terminou abaixo dos 40 minutos!
A classificação que interessa (😊) ficou assim:

Boa organização como sempre! Que assim se mantenha por muitos anos!

Boas corridas!

sábado, 17 de novembro de 2018

Maratona do Porto 2018



Para um atleta modesto de pelotão que, até aos 40 anos nunca tinha corrido de seguida mais do que umas centenas de metros, a maratona é uma distância mítica que supera qualquer horizonte desportivo que se possa imaginar!
A corrida para mim começou em 2008 com a compra de uma passadeira lá para casa, que em primeiro lugar, até nem era para meu uso. Comecei a correr na passadeira com velocidades de 8-9 km/h sendo que ao fim de 15 minutos tinha de reduzir e caminhar a passo por falta de oxigénio 😊
A evolução foi lenta, tendo ao longo dos dois anos seguintes atingido e superado objetivos anteriormente irreais tais como meia hora de corrida seguida, 40 minutos e, finalmente uma hora seguida a correr sem parar.
O PelaEstradaFora Paulo Oliveira cerca dos 30 km

A velocidade foi aumentando ligeiramente, embora o enfoque fosse sempre no tempo de corrida contínua em detrimento da velocidade. Durante muitos meses o objetivo era conseguir ver enquanto corria, um episódio completo de séries do tipo CSI, Dexter, Breaking Bad, etc., que têm uma duração de cerca de 40 minutos.
Ao fim de dois anos conseguia correr uma hora seguida, todavia a ritmos muito baixos; acredito que foi o facto de correr devagar que me permitiu não desistir, antes pelo contrário, motivou-me continuar a evoluir até ganhar confiança para enfrentar um desafio de uma prova de estrada.
O PelaEstradaFora Paulo Amaro com a Ponte da Arrábida ao fundo
Em 2011 participei pela primeira vez numa prova oficial, a Meia Maratona da Nazaré, que concluí em 01h51m, um tempo que não dá para entrar no Guiness mas para mim foi uma conquista estratosférica!
Depois vieram os trails, algumas provas de estrada e passado um ano estava no Estádio do INATEL para a partida da Maratona de Lisboa.
Em 2013 fui experimentar a Maratona do Porto e fiquei apaixonado por esta prova.
Nesse ano paguei bem caro a ambição de fazer 33 km à frente do balão das 3h15! O restante da prova foi feito com cãibras horríveis e mil e uma paragens forçadas por esse motivo.
A distância de 42 km tem de ser respeitada, não permitindo abusos na fase inicial que se podem fazer pagar caro nos últimos quilómetros, o que por exemplo em distâncias até à meia maratona não se passa. Já li algures que é pelo facto de as reservas energéticas naturais do organismo não serem suficientes para um esforço tão prolongado.
Agora em 2018, a minha sexta participação nesta Maratona e oitava no total (de  estrada), manteve-se a mesma alegria e ansiedade para fazer o melhor que pudesse.
O objetivo de todas as minhas participações tem sido de cortar a linha da meta com um tempo inferior a 03h30, proeza que consegui mais uma vez! (vaidade pessoal de quem nunca tinha corrido até aos 40 anos 😊).
Céu cinzento ameaçando chuva antes da partida

A edição de 2018 foi marcada pela ameaça eminente de chuva que já só tive o desprazer de apanhar nos últimos metros da prova.
A generalidade da prova decorreu sob condições climatéricas quase ideais, com uma temperatura relativamente fresca, de quando em quando vinha uma agradável chuva miudinha; quanto aos abastecimentos estavam no local certo e funcionaram bastante bem, com água, fruta, gel e bebida isotónica conforme anunciado.
A Equipa do PelaEstradaFora presente na Maratona do Porto

A organização esteve ao nível habitual, de grande qualidade, em todo o evento, com a única ressalva que se descreve a seguir.
No final houve alguns contratempos com o levantamento dos sacos da roupa de reserva que deixou muita gente furiosa “malhando forte e feio” na organização, embora para a malta dos trails, habituada a situações bem mais rigorosas, não foi nada do outro mundo. Apenas, por vezes as coisas não correm de acordo com o plano…
a classificação da Equipa do PelaEstradaFora foi a seguinte:


Se as forças se mantiverem, lá estarei novamente no próximo ano!
Boas corridas!
Fotografia da praxe na Expo Maratona

sábado, 20 de outubro de 2018

Meia Maratona de Lisboa


A minha participação na Meia maratona de Lisboa aconteceu por acaso!
Tinha corrido a Meia Maratona de Leiria na semana anterior e obviamente não estava a planear meter-me noutra tão cedo, até porque o objetivo principal da temporada é no dia 4 de Novembro, a Maratona do Porto,.
Porém um alinhamento dos astros fez com que decidisse vir à meia maratona de Lisboa.
Tudo começou com um colega que tinha um dorsal mas não podia ir, depois era outro colega que estava “apalavrado” para ir em seu lugar mas à última da hora também não pôde, ficando assim um dorsal para a meia maratona sem ninguém para o levar.
Resolvi então eu aproveitar a oportunidade e fazer um treino longo na meia maratona de Lisboa, mentalizando-me que deveria de rolar em ritmo baixo a fim de não hipotecar o objetivo do próximo mês.
Devido ao furacão “Leslie” anunciado para a noite anterior à prova, o local da partida foi alterado da Ponte Vasco da Gama para o IC2 na zona da Bobadela, e também, atrasada a partida em uma hora.
Aguardando os autocarros que levariam os atletas à zona da partida
Esta alteração do local e da hora motivou muito transtorno aos atletas devido à longa espera que houve que fazer no viaduto da IC2, bem como a ausência de casas de banho.
No meu caso estive cerca de duas horas e meia à espera do início da prova.
No tabuleiro da IC2 na zona da Bobadela, aguardando a partida
Como consequência desta longa espera sem acesso a WC’s, muitos atletas tiveram de efetuar uma paragem técnica em local adequado (leia-se: uns arbustos…), durante a parte inicial da corrida, embora para as senhoras a logística destas coisas seria bastante mais difícil.
Outro ponto que ouvi muitos participantes queixarem-se foi do facto de não haver a possibilidade de depositar um saco de roupa para vestir à chegada tal como se faz na maratona. Curiosamente eram todos estrangeiros; nas duas horas e meia que estive à espera do início da corrida fui cavaqueando com vizinhos polacos, italianos, nórdicos, de países de leste, brasileiros e outros países não identificados, não havendo praticamente portugueses no circulo onde chegava a nossa conversa.
Com exceção destes contratempos pode dizer-se que a prova foi de excelente nível.
As minhas intenções de correr de forma contida também duraram apenas os primeiros metros, tendo acabado por fazer uma prova como habitualmente e sem qualquer economia de esforço.
Mostrando orgulhosamente a medalha (ao contrário ☺ !! )
Fica um registo de 1h38m08 de tempo de “chip”.

Boas corridas!

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Meia Maratona de Leiria




A Meia Maratona de Leiria tem-se efetuado de forma intermitente desde 1991, tendo-se efetuado apenas 4 ou 5 edições ao longo deste tempo.
É curioso que numa cidade como Leiria em que há muitos praticantes de corrida, a organização de uma meia maratona tem vindo  ser tão difícil. Não tem explicação até porque outras provas de distância mais curtas ou provas de trilhos, há-as às dezenas nesta mesma região!
Considerandos à parte, interessa agora é falar da edição de 2018 da Meia Maratona de Leiria! 
O traçado da prova foi desenhado ao longo da bacia do Rio Liz obtendo-se deste modo um prova quase absolutamente plana, o que, favorece bons (baixos) tempos de prova. O dia esteve fresco, o que também é bom para a corrida. Em termos gerais também não houve nada a apontar à vertente técnica da prova.
Com o atleta Miguel antes da partida
Às 10h00 dá-se a partida das provas de 21k e 10k (meia hora antes tinham havido competições infantis) e toma-se o caminho do estádio de Leiria. 
A passagem pelo estádio é o ponto alto da prova, tal o impacto visual e envolvente de sensações que se sentem ao passar por tamanha estrutura. Pena é, mas isso são outros quinhentos, que uma infra estrutura desta dimensão esteja tão pouco rentabilizada.
Ultrapassado o estádio segue-se rumo à Estação de Caminhos de ferro onde se dá o primeiro retorno da prova. 
Apenas uma referência à estação de Leiria; esta situa-se a cerca de 4 km da cidade, embora com o crescimento desta, esteja atualmente já em zona urbana. Tal distanciamento bem como decisões centrais irracionais provocaram ao longo dos anos um total divórcio entre a cidade e a ferrovia. São agora recorrentes as notícias do possível encerramento da Linha do Oeste, a linha que passa em Leiria!
Bom, retornando à prova, segue-se agora novamente para a cidade que se atravessa em toda a extensão seguindo se em direção à localidade das Cortes por uma estrada da várzea do Rio Liz.
Um pouco após as Cortes inverte se novamente o sentido da marcha rumo a Leiria e à meta.
Gostaria de fazer também referência ao estado do piso das estradas por onde passou a prova, que, à exceção de algum empedrado na zona antiga da cidade, apresenta-se em boas condições para a prática da corrida. Pode parecer um tema menor mas o tipo e estado do pavimento faz muita diferença para a obtenção de bons tempos e também para o conforto dos atletas. Note-se por exemplo o caso de sucesso da Maratona de Berlim em que houve o cuidado das autoridades locais de pavimentar de forma irrepreensível todas as vias por onde passa a prova.
Quem por outro lado já correu a Maratona do Porto sabe bem o que custa correr no empedrado irregular de Gaia!
Voltando novamente a Leiria, surpreendeu-me a quantidade de participantes, visto que poucos dias antes da prova haviam apenas "meia dúzia de gatos pingados" inscritos.
Surpreendeu também que a grande parte dos atletas tenha vindo de fora de Leiria, percebendo - se a ausência dos grandes clubes de atletismo da cidade que estranhamente não aderiram ao evento...
Por último, uma referência à empresa que organizou a prova, o Atletas.net, que continua a demonstrar ter muito espaço para melhoria sobretudo ao nível da comunicação. A divulgação da prova foi paupérrima. A divulgação dos resultados não ocorreu como estava previsto no regulamento, nomeadamente através de SMS para os atletas logo após a conclusão e a divulgação dos resultados num breve espaço de tempo. 
Na realidade não enviaram SMS e os resultados foram divulgados apenas no dia seguinte. 
As questões colocadas na página do evento ficam também sistematicamente por responder, demonstrando alguma falta de respeito pelos atletas. 
A empresa Atletas.net tem vindo a melhorar, todavia, no aspeto técnico, já não caindo em erros crassos de medições, como já apanhei por duas vezes com meias maratonas de 22 km na Figueira da foz, organizadas por esta empresa.
Resumindo, a Meia Maratona de Leiria tem todas as condições para ser uma prova de referência devido à planura do seu traçado, a cidade é jovem e tem muitos praticantes de corrida, e se tiver uma organização à altura, será uma opção a ter em conta.

Boas corridas!

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

1º Trail Freguesia de Arazede - Trilho do Morango



A Freguesia de Arazede situa-se no Concelho de Montemor-o-Velho, Distrito de Coimbra.
A zona de Arazede está na transição dos terrenos férteis do Baixo-Mondego para uma área arenosa e mais pobre em recursos naturais que se estende até à zona de Aveiro, conhecida por Gândara.
Arazede é agora uma pequena vila, quase absolutamente rural, envelhecida e com muitos problemas em fixar as gerações mais jovens, que invariavelmente têm de sair para outras bandas a fim de seguir o rasto do trabalho.
A maioria sai para estudar, Coimbra está uns escassos vinte e poucos quilómetros, acabando por se fixar por aí.
Conheço bem a zona uma vez que a minha família é oriunda desta mesma freguesia.

Cruzeiro situado no lugar de Vila Franca de Arazede.
Memória de famílias antigas de Arazede no século 17

Recebo com agrado a notícia de uma nova corrida de trail em Arazede, chamada de, o “Trilho do Morango”.
Ao que parece a produção de morangos é agora uma das mais importantes indústrias agrícolas de Arazede.
O “Trilho do Morango” irá passar por alguns desses “morangais” imensos.
 Convocados para esta aventura, estivemos presentes quatro elementos da “equipa”, não necessariamente da mesma equipa 😊, eu Paulo Oliveira, o meu irmão João Pedro, o Miguel e o Paulo Amaro, que, por lesão de última hora foi apenas apoiar os corredores e tirar fotografias.
Miguel, Paulo Oliveira e João Pedro

JP, Paulo Amaro e Miguel

A prova principal rondava os 19 quilómetros, sem desnível assinalável, tendo a principal dificuldade a progressão em caminhos de areia solta, muito frequentes na Gândara.
Por acaso, o significado da palavra “Gândara” é esse mesmo: zona arenosa!
O que mais me surpreendeu foi a qualidade dos atletas que afluiram esta prova. Estiveram algumas equipas dos arredores de Coimbra que ”limparam” quase literalmente os lugares de topo.
Salvou a honra da casa o JP que conseguiu um 14º lugar da geral e 3º de escalão M40 (escalão onde tinha entrado no mês anterior 😊 ).
Pódio M40
JP em altas!

JP - 3ºclassificado M40
 Resumo da equipa:
João Pedro – 14º da geral, 3º de escalão M40
Paulo Oliveira – 49º da geral, 7º de escalão M50
Miguel   – 83º da geral, 10º de escalão M45
Paulo Amaro – DNS

Boas corridas!







domingo, 26 de agosto de 2018

Prova do Bodo - Pombal 2018




A Prova do Bodo em Pombal, tem uma distância de 10 km e é constituída por 3 voltas à principal avenida da cidade.
O nível de participação é bom, tanto em quantidade como em qualidade, atraindo atletas profissionais dos grandes clubes nacionais que acabam invariavelmente por ganhar a corrida.

Em termos pessoais, foi a minha 4ª participação, e mesmo não sendo a minha distância preferida, continua a ser com muito gosto que vou correr a Pombal.

O relato seria repetitivo relativamente aos que fiz das participações de 2015, 2016 e 2017 (para aceder, clicar no ano respetivo), por isso deixo apenas umas fotos tiradas durante o aquecimento antes da corrida!
Bons treinos!
Mais um diploma obtido ao fim-de-semana :)