quinta-feira, 27 de junho de 2013

Brisas do Liz, Night Run


Brisas do Liz
Receita
Mistura-se a amêndoa moída com o açúcar, os 3 ovos (mais as 3 gemas), de maneira que fiquem apenas ligados…..

Não! …Não era isto que procurava na net há uns dias atrás!

Procurava sim, era informação acerca de um fenómeno desportivo de organização espontânea surgido em Leiria e que, leva para a rua centenas de pessoas às quartas-feiras à noite, para correr ou caminhar!

Apesar de residir em Leiria, o facto de trabalhar longe dificulta um pouco o poder estar presente nestas coisas durante a semana. Ontem todavia, conjugaram-se uma série de factores que permitiram estar em Leiria às 21h30, hora habitual da concentração para este treino conjunto.

Este movimento terá surgido por iniciativa da equipa de atletismo NEL-Péd’atleta, gerando um efeito de bola de neve, que neste momento já arrasta para a rua perto de um milhar de pessoas (dados comentados no facebook  e outros locais cibernáuticos).

Assim, com outro colega que também corre, dirigimo-nos à Praça Rodrigues Lobo, onde seria a dita concentração.

O primeiro impacto da vista de uma multidão na Praça Rodrigues Lobo, equipada de calções, fatos de treino e calçado desportivo, é de facto muito potente!

Fase de aquecimento, onde houve a orientação de uma animadora

O ambiente absolutamente informal. A “organização” deu as dicas aos atletas através de uma aparelhagem sonora de uma das explanadas da praça, informando de como se iriam desenrolar os acontecimentos.

Haveria três grupos; na frente de cada grupo seguiriam os guias com balões de cores diferentes, um de caminhada, outro de corrida lenta e outro de corrida mais rápida.

Praça Rodrigues Lobo - Leiria
O trajecto não estava definido, seriam os guias que o escolheriam no decorrer da corrida/caminhada.

Optámos pela corrida rápida, que por informação de um amigo do meu colega, pertencente à “organização”, seria de cerca de 10 km em uma hora, prevenindo no entanto que iria ser um constante “sobe-e-desce” pelas ruas e escadarias da cidade.
Outro aspecto do agrupamento

E assim foi, …durante uma hora percorremos a cidade, num percurso muito agradável, fazendo ocasionalmente uns compassos de espera para reagrupar o pelotão e, cruzando-nos várias vezes com os grupos da corrida mais lenta e da caminhada, situações em que se fazia uma festa enorme!

Recomenda-se vivamente a quem for da zona e tiver possibilidade de aparecer às quartas-feiras pelas 21h30, na Praça Rodrigues Lobo em Leiria!
Praça Rodrigues Lobo no final das corridas

Boas corridas

terça-feira, 25 de junho de 2013

Trilhos Loucos da Reixida - 2013


 Reixida, freguesia de Cortes, Leiria.

Não compreendo esta crise que o país atravessa. Quando os portugueses realmente querem fazer qualquer coisa, conseguem-no e, com que sucesso!

Temos condições naturais de excepção, as pessoas são criativas e trabalhadoras, conseguem unir-se por um objectivo e, o resultado é neste caso, um sucesso formidável de uma prova de corrida em trilhos.

Conheci a prova apenas no ano passado, altura em que comecei a frequentar corridas deste tipo, chamando-me a atenção para a designação de “Trilhos Loucos” com que me identifiquei de imediato J

Residindo muito próximo desta localidade dos arredores de Leiria desde 2008, julgava já conhecer bem os montes por onde passa a prova, pelo menos pelos caminhos por onde passa uma bicicleta. Todavia, é uma realidade que de pé posto, temos a possibilidade de passar por sítios onde nem as cabras passam!

Bom, …também não será menos verdade que os Bttistas a sério passam por esses trilhos a voar, por vezes até aterram dentro de silvados! (conheço a parte de aterrar nos silvados…)

Pelo motivo de morar ali perto, acabo por treinar frequentemente por esses montes, da Maúnça, Srª do Monte, Arrabal, Torre, Reguengo do Fetal e chegando até a S. Mamede e Alvados. É um luxo! É quase comparável a uma criança gulosa que mora numa gelatariaJ

Uma vez mais, a equipa do “PelaEstradaFora” esteve em força nesta competição e, nos minutos que antecederam a partida foi delineada a estratégia, que mais uma vez seria: o Paulo Amaro correria mais depressa e o Paulo Oliveira correria mais devagar, tipo policia bom e polícia mau! Isto para confundir os adversários.
PelaEstradaFora, A Equipa. Somos poucos mas muito dedicados...

E não é que a estratégia deu mesmo certo?!!!  Nos 20,5km da corrida o Paulo Amaro “deu-me” quase meia hora de avanço!! É caso para dizer como o Hannibal da série A-Team (Soldados da Fortuna, na minha geração) ”I love it when a plan comes together!”

Antes da partida
O percurso da prova deste ano foi de grosso modo semelhante ao de 2012, havendo sido feitas no entanto algumas alterações pontuais que, pessoalmente achei bem simpáticas. Logo na parte inicial tomaram-se caminhos de terra batida, com subidas não muito violentas, em que a adaptação ao esforço se foi fazendo gradualmente.

Cerca do 5º quilómetro, entrámos no track de 2012, sendo a prova daí em diante semelhante à de 2012, com excepção de um troço já perto do final, na zona da nascente do rio Liz.
A famosa subida das antenas...

A cereja em cima do bolo dos Trilhos Loucos, é a habitual incursão no leito do rio Liz, que desta vez foi a triplicar.

Em alguns pontos a água chegava à cintura; o fundo do rio tem pedras de várias dimensões, bastante escorregadias, pelo que há que ter alguma atenção, quando não….
Parte do percurso pelo leito do Rio Liz

Acontece o que me aconteceu…

Um” esbardalhanço” no meio da água…

Um belo golpe num joelho que bateu num calhau submerso e, um telemóvel pró maneta. Bom o telemóvel já estava avariado na sua função principal e já só era usado esporadicamente para tirar fotos.

No fim, um almoço tipo aldeia do Asterix, com porco no espeto (mas sem Bardo a cantar J)

Um ambiente espectacular!

Foi mesmo uma boa ideia vir aos Trilhos Loucos da Reixida!!




Ofertas: uma T-shirt técnica e dopping para os atletas, houve também um chouriço..


Ambiente festivo no final

sábado, 15 de junho de 2013

Alvados


Alvados é uma localidade muito simpática na Serra de Aire.
Fica num vale, rodeado de altos montes de constituição calcária, um dos quais é conhecido pela sua encosta vertiginosa chamada “Costa de Alvados”.

Pela cota superior da Costa de Alvados , existem carreiros em que, uma caminhada ou uma corrida de trail, adquirem uma dimensão quase mística tal é a grandiosidade da paisagem que de lá é possível  contemplar.

Existe também em Alvados uma pousada de juventude, diversos circuitos de caminhada, corrida ou Btt, podendo proporcionar um fim-de-semana inesquecível.

Ainda em Alvados, existem grutas abertas ao público, e não muito longe existem outras grutas conhecidas, Mira de Aire, S. António e de S. Mamede.

Quando hoje ia correndo por estes carreiros, ia pensando que Portugal tem locais lindíssimos, por vezes pouco conhecidos ou explorados pelos portugueses.

Compreendo que tem muito mais glamour chegar ao escritório e dizer que se esteve de férias num Resort em Cabo Verde ou na República Dominicana, do que numa pousada na província!

Conheci esta terra o ano passado quando participei nos Trilhos do Castelejo, tendo de imediato ficado apaixonado (se é que isso ainda existe..) por ela.

Desde então, já vim treinar uma meia dúzia de vezes para esta zona.

Vale bem a pena vir a Alvados!

Bom fim-de-semana!


Carreiro no alto da Costa de Alvados

Vista do alto da Costa de Alvados


Carreiro no alto da Costa de Alvados

Outra vista sobre o vale
Caminho no alto do monte


No alto da serra há pastagens para onde são levados os animais durante o dia. Estes ficaram muito admirados a olhar para mim. Sabe-se lá o que estariam a pensar...
Outro caminho...


Vista do alto da Fórnea, um dos pontos imperdíveis da zona


Resumo do dia

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Treino de recuperação


Uma vez mais, fui até ao quintal por detrás da minha casa, dar uma corridinha e arejar um pouco.

Este quintal, “my backyard” , tem o tamanho e a forma que eu lhe quiser dar; é portanto, muito versátil!

Hoje o treino estava pensado ser de estrita recuperação, tendo prometido a mim próprio não me deixar entusiasmar. Saí de uma pequena lesão nos gémeos há muito pouco tempo, com uma meia maratona feita há 3 dias e, faltando pouco mais de uma semana para os “Trilhos Loucos da Reixida”, não me apeteceria falhar por nova lesão.

Ora bem, a zona onde decorre o Trail da Reixida está inserida do meu backyard/quintal.

Assim, juntou-se o útil ao agradável e fez-se um “mix”, de recuperação da meia maratona da Figueira da Foz e de treino para a Reixida.

Após levar o filhote à escola numa das raras oportunidades do ano lectivo, e porque em Leiria não é feriado, equipei-me rapidamente, optando por não levar a mochila de água, limitando-me a uma garrafa de 0,75L com isotónico de laranja (nada de chá verde desta vez J), telemóvel e fones.

Partida novamente no lugar de Fontes do Liz, seguindo o track dos Trilhos Loucos de 2012, com uns improvisos pelo meio, a fim de totalizar 20 kms.

Cota mínima de 88m e máxima de 435m, com a maior parte do percurso a cotas elevadas.

Um alerta,… o sol está a queimar que se farta, mesmo com o céu semi-encoberto. Talvez o factor altitude potencie o efeito.

Tinha uma boa camada de protector solar na cara e braços. Com meias de compressão até aos joelhos e uns calções compridos tipo praia, achei que não valia a pena colocar protector nos joelhos. Puro engano! Fiquei com um escaldão na zona desprotegida! Portanto, cuidem-se minhas caras e meus caros atletas, o sol é um assunto sério…

Bom fim de semana e boas corridas!







terça-feira, 11 de junho de 2013

7ª Meia Maratona da Figueira da Foz


Figueira da Foz, 10 horas da manhã, dá-se o início à 7ª Meia Maratona desta cidade.





Além da prova principal decorrem também uma mini-maratona e uma caminhada, não há portanto, desculpas para ficar em casa.

O tempo está encoberto, abafado , ameaçando chuva, mas assim se vai mantendo, sem piorar…! Também não se faz sentir vento significativo o que, nesta cidade costeira é bastante habitual.

A equipa do “PelaEstradaFora “ vai participar pela segunda vez neste evento desportivo. Desta feita estamos na esperança que seja mesmo, uma Meia Maratona de 21.097 metros, o que felizmente se veio a confirmar. Este ano não brincaram em serviço e contrataram um "Ás" das medições de provas de atletismo!

Como já referi no post anterior, não estava nas melhores condições para bater tempos, devido a uma paragem de duas semanas, devido a uma (estúpida) lesão muscular, tendo recomeçado a treinar, devagarinho, uma semana antes desta prova. Todavia, a recuperação foi quase total e, no dia da corrida já estava sem dores nos gémeos. Faltava era, isso sim, um pouco de ritmo competitivo. É terrível como se perde a forma física em tão pouco tempo, quando custa tanto a ganhá-la!

Às nove horas encontrei-me com o resto da equipa (J), a fim de combinar a estratégia (isto só para dar um ar mais “Pro” a este relato) e fazer uns exercícios de aquecimento,  aspecto que cada vez mais sei, o quão importante é para estas aventuras.

Bom, finalmente chega a hora, ouve-se a partida e, sai tudo a correr feito louco, em direcção a Buarcos.

Os primeiros 5 km até ao primeiro retorno, na fábrica de cimento do Cabo Mondego, correm-se a bom ritmo, tendo-me mantido sempre entre os 4:00 e os 4:10 min/km (com 1 km a 3:59!).

O Paulo Amaro já tinha entretanto ido à sua vida, para defender a honra da equipa!

A partir dos 5 km de prova, comecei a sentir os sinais de “quem anda a viver acima das suas possibilidades”, ou mais correctamente, “de quem vai a correr acima daquilo que pode” e, tive de baixar o ritmo para a casa dos 4:20 min/km

Levava no pulso uma banda de papel com os tempos de passagem para 1h35min, que continuo a achar muito útil para gerir a corrida. Nestas situações é bom ter algo que ajude nas tarefas mentais e de raciocínio, porque o fluxo sanguíneo é todo necessário para a parte “operária” do corpo.

Considero que as provas de estrada são muito violentas em termos cardiorrespiratórios, em comparação com as provas de Trail Running. Não há pausas, nem variações de ritmo, nem umas subidinhas para caminhar,…, em estrada é sempre a dar o máximo, …desde a partida até à meta!

Esta observação tem um carácter puramente pessoal, e tem que ver, como eu próprio encaro as corridas de Trail, onde não existem tempos de referência muito claros e, definitivamente, o espírito é sobretudo o de diversão e integração com a natureza.

Chegada à meta
Os campeões todavia, ou quem leva os Trails mais a sério, também irão no “Red Line” o tempo todo, de certeza!!

Bom, a corrida lá ia ”correndo”, passe a redundância, mas a partir dos 10 km, tive de baixar um pouco mais, para os 4:30 min/km, e assim lá consegui um ritmo estável até final.

Resultados da equipa do PelaEstradaFora:

·         Paulo Amaro:    1h 28m 42s, 44º lugar da geral

·         Paulo Oliveira: 1h 33m 43s, 71º lugar da geral
Paulo Amaro: 1h 28m 42s, 44º lugar da geral

A vitória foi para o atleta José Sousa com 1h 11m 39s, que já na véspera tinha ganho a prova de 10km do circuito nacional de estrada em Leiria.

Destaque ainda para o nosso colega de profissão (Ferroviário), João Saúde, que obteve o 6º lugar da geral, com 1h 16m 55s e 2º do seu escalão.

Ao nível de participação, manteve-se semelhante a 2012, com 316 homens e 29 senhoras na meia maratona, o que convenhamos é muito bom, tendo em conta que na zona de Figueira da Foz/Coimbra o atletismo não tem a mesma popularidade que em outras zonas do país.

Uma última nota para a organização, que este ano esteve bem melhor do que em 2012, não havendo nada a apontar.

Recomenda-se portanto para 2014!!
Uma imperial para comemorar (inspiração Murakami) 

Até para o ano e Boas corridas!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Meia Maratona da Figueira da Foz, em 2012 foi assim…


Como aperitivo para o próximo dia 10 de Junho de 2013, quero recordar um pouco como foi a Meia Maratona da Figueira da Foz, em 2012.

Para a equipa do “PelaEstradaFora” iria ser a segunda meia maratona em que participaríamos.

A referência de tempos era quase nula, uma vez que tínhamos corrido apenas a da Nazaré em 2011 e aí, o objectivo tinha sido apenas o de chegar ao fim!


Pelotão
Na Figueira da Foz, tinha como objectivo baixar da 1h45m, o que não parecia muito difícil, mas também não era seguro que o conseguisse. No fim-de-semana anterior fizeramos o AXTrail Nocturno de Alvaiázere, que tinha deixado algumas marcas no corpo…


O dia começou um pouco ventoso, de nortada, e com alguns chuviscos, sendo o percurso da prova corrido exclusivamente na marginal, constituído por duas idas à fábrica do Cabo Mondego (e respectivos regressos J), o que significava que dois quartos da prova eram com vento contra e os outros dois quartos, em alternância, com vento a favor.

Acabou por dar para atingir os objectivos, tendo eu feito 1h42m e o Paulo Amaro 1h35m.

Paulo Oliveira:1h42m ; Paulo Amaro: 1h35m
 
Estes tempos, todavia, não puderam ser considerados oficiais, uma vez que terá havido um engano na medição da distância pela organização dos “Atletas.net”, reconhecido por eles e explicado no Facebook como estando relacionado com o ponto de retorno considerado, que não tinha sido o correcto (terão utilizado uma marcação provisória, mais além do ponto correcto), tendo assim a distância da prova totalizado cerca de 21.800m.

Houve quem gracejasse dizendo que tinham corrido mais distância pelo mesmo dinheiro, outros contudo, ficaram furiosos e desancaram “sem-dó-nem-piedade” a organização, na página do Facebook.

Refira-se que, de 2012 para 2013, houve um aumento do preço da inscrição na ordem de 60%, de 5€ para 8€, esperando nós que haja um aumento correspondente na qualidade da prova (especialmente ao nível dos fotógrafos da organização, que no ano passado, fotografaram tudo menos os atletas, conforme também mencionado pelos participantes na página do Facebook).

Este ano não estarei nas melhores condições para superar ou até mesmo igualar tempos anteriores, uma vez que uma lesão nos gémeos obrigou a uma paragem de duas semanas e, ainda não estarei a 100%, e portanto, a defesa da honra da equipa terá de ficar a cargo do PA.

Bom fim de semana e boas corridas!